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Be here now • O constrangimento e a coragem de dizer

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     “Queria que referências importantes pra mim não estivessem no meio de um texto que termino [?] de escrever tão irritada”.  "Patti Smith gives a spoken-word performance at Lollapalooza in New York in 1995".     Era a  primeira linha do que estava escrito no rascunho original.      Eu nem desconfiava mais.      Quando o mesmo sentimento me fez voltar.       Lembro de todas as dores de cabeça que arrumei por ter dito num tempo complicado, por ter dito demais, por não ter dito, por não terem escutado.       Penso no que poderia ter sido arranjado, esclarecido e, principalmente, ignorado.      Não sei direito porque o nome é “Be here now”.       Poderia ser "Casual Conversations". Aquela parte:           It doesn't matter what I say           You never listen, anyway      Ou ...

Sopraram cinzas no meu coração

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♯ E, no entanto, é preciso cantar Mais que nunca, é preciso cantar É preciso cantar e alegrar a cidade Música : Marcha da quarta-feira de cinzas Composição : Carlos Lyra e Vinícius de Moraes Álbum : O poeta e o violão Artistas : Toquinho e Vinícius de Moraes Ano : 1975 [ Música do título: Turbilhão - Moacyr Franco ]

Pra onde você vai? Que pressa você tem? [Retrospectiva Spotify]

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Painho me tirou no amigo secreto e me deu de presente um MP3 e um livro. Renato Russo de A a Z . Eu tinha 11? 12 anos? Fiquei muito feliz! São verbetes. Apesar de me incomodar um pouco com a falta de contexto, gosto de ver Renato falar! Foi nesse livro onde li o " Seja sua própria pessoa " que ficou grudado na minha cabeça. Lembrei dessa história na época das retrospectivas musicais do ano passado. Fui atrás dele. No sumário, só a página do Andrea Doria está grifada, com um marca-texto amarelo comum. Então, letra P, de Pessoa: nada. Mas aí lembrei que ele se referia aos fãs.  Deve existir algum tipo de extensão que duplique automaticamente o registro de vezes que a pessoa escutou uma música nas plataformas de streaming. Vi um comentário bem ríspido sobre isso no last.fm, na descrição de um perfil. Fico pensando no porquê, que sempre parece ligado ao que se quer mostrar ou provar pra os outros. Se tivesse um meet and greet como prêmio, talvez. Eu ganhei um vídeo dos integrant...

Meu limite é aqui, infelizmente: entre razões e emoções :(:

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O compartilhamento de música aqui em casa acontece de dois jeitos. Um é a escuta coletiva (na sala, na mesa, em festa, em encontros marcados…), quando a escolha é unânime, o volume do gostar da banda/artista é parecido, mesmo existindo a parte do relacionamento individual com aquelas músicas. A tietagem é colaborativa, todo mundo criando o papel do artista na nossa vida. No outro jeito a banda começa como uma propriedade privada , de uma pessoa só e, depois, com o tempo, é anunciada e aí chega junto quem quiser. É engraçado perceber o momento em que o som antes só tocado nos cantos mais undergrounds de casa, passa a ser cantarolado em público, exibido na tv, no celular, no rádio. As chances de virar um caso de escuta coletiva são grandes. Exemplos: compartilhamos, todas, grandes amores por Stevie Wonder. Por Ana Carolina, claro. Painho ouviu gritar e virou fã de Jeff Buckley. E mainha, com uma certa demora, agora é fã de NX Zero. Isso pode ter um pouco a ver com o fato de eu não calar...

Diário de escrita (TCC) #Pré1

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Oie! Não sei como deve ser um Diário de Escrita . Se deve ser alguma coisa. Vamos ver. No meu diário pessoal (hihih), um caderninho que tenho desde 2015, escrevo sobre angústias gerais, quando quero entendê-las de algum modo ou quando sei que consigo explicá-las. Tudo vira uma espécie de acervo a ser consultado em caso de confusões. Talvez um diário de escrita siga a mesma lógica. Um lugar onde eu possa dizer um pouquinho sobre a tentativa de descobrir como funciono escrevendo pra cada desafio que aparece. Nesse caso, um Trabalho de Conclusão de Curso. Escrever pode mesmo esgotar uma pessoa. Principalmente se o resultado de uma autoexploração diga que qualquer coisa que você escreva jamais vai ser desligada de você. Também pesa a decisão de não querer colocar mais uma coisa vazia de gente em cima da pilha de noites mal dormidas pelos motivos errados. Não precisava ser tudo isso. Mas às vezes é! Principalmente se a trajetória for comprida, solitária e exija muitos retornos. Sei que me ...

Caso de emergência!

Já aceitei a minha condição de fã negligente. Aí me dizem “se é pra falar, Maria, fala de música!”. Como? Se eu não sei falar das músicas que gosto. Termina parecendo que tudo é sobre mim. Chatíssimo! Sei bem pouco de bem pouco, não tenho autorização pra criticar. O jeito é me meter no meio mesmo. Afinal, devo algum tipo de respeito à visão que tenho da vida...pago convertendo pra outros formatos o acervo pessoal que criei existindo timidamente há alguns anos. Tudo isso no campo das abstrações, como sempre, cada vez pior !!!! $%#@*! Nessa hora aparece, de novo, a questão do tempo. O momento adequado, o famoso senso de oportunidade. E eu não consigo acertar nunca. A tela fica dizendo que preciso ter as palavras, com urgência. Acabo desistindo delas e indo procurar abrigo em outras construções sólidas (com medo de levar alfinetadas e querer roubar, como artista, claro…). Li algumas impressões sobre os Titãs, aqueles!, nos últimos meses. E o texto de Maria Ribeiro , em especial, fez com ...