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Pra onde você vai? Que pressa você tem? [Retrospectiva Spotify]

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Painho me tirou no amigo secreto e me deu de presente um MP3 e um livro. Renato Russo de A a Z . Eu tinha 11? 12 anos? Fiquei muito feliz! São verbetes. Apesar de me incomodar um pouco com a falta de contexto, gosto de ver Renato falar! Foi nesse livro onde li o " Seja sua própria pessoa " que ficou grudado na minha cabeça. Lembrei dessa história na época das retrospectivas musicais do ano passado. Fui atrás dele. No sumário, só a página do Andrea Doria está grifada, com um marca-texto amarelo comum. Então, letra P, de Pessoa: nada. Mas aí lembrei que ele se referia aos fãs.  Deve existir algum tipo de extensão que duplique automaticamente o registro de vezes que a pessoa escutou uma música nas plataformas de streaming. Vi um comentário bem ríspido sobre isso no last.fm, na descrição de um perfil. Fico pensando no porquê, que sempre parece ligado ao que se quer mostrar ou provar pra os outros. Se tivesse um meet and greet como prêmio, talvez. Eu ganhei um vídeo dos integrant

Meu limite é aqui, infelizmente: entre razões e emoções :(:

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O compartilhamento de música aqui em casa acontece de dois jeitos. Um é a escuta coletiva (na sala, na mesa, em festa, em encontros marcados…), quando a escolha é unânime, o volume do gostar da banda/artista é parecido, mesmo existindo a parte do relacionamento individual com aquelas músicas. A tietagem é colaborativa, todo mundo criando o papel do artista na nossa vida. No outro jeito a banda começa como uma propriedade privada , de uma pessoa só e, depois, com o tempo, é anunciada e aí chega junto quem quiser. É engraçado perceber o momento em que o som antes só tocado nos cantos mais undergrounds de casa, passa a ser cantarolado em público, exibido na tv, no celular, no rádio. As chances de virar um caso de escuta coletiva são grandes. Exemplos: compartilhamos, todas, grandes amores por Stevie Wonder. Por Ana Carolina, claro. Painho ouviu gritar e virou fã de Jeff Buckley. E mainha, com uma certa demora, agora é fã de NX Zero. Isso pode ter um pouco a ver com o fato de eu não calar

Diário de escrita (TCC) #Pré1

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Oie! Não sei como deve ser um Diário de Escrita . Se deve ser alguma coisa. Vamos ver. No meu diário pessoal (hihih), um caderninho que tenho desde 2015, escrevo sobre angústias gerais, quando quero entendê-las de algum modo ou quando sei que consigo explicá-las. Tudo vira uma espécie de acervo a ser consultado em caso de confusões. Talvez um diário de escrita siga a mesma lógica. Um lugar onde eu possa dizer um pouquinho sobre a tentativa de descobrir como funciono escrevendo pra cada desafio que aparece. Nesse caso, um Trabalho de Conclusão de Curso. Escrever pode mesmo esgotar uma pessoa. Principalmente se o resultado de uma autoexploração diga que qualquer coisa que você escreva jamais vai ser desligada de você. Também pesa a decisão de não querer colocar mais uma coisa vazia de gente em cima da pilha de noites mal dormidas pelos motivos errados. Não precisava ser tudo isso. Mas às vezes é! Principalmente se a trajetória for comprida, solitária e exija muitos retornos. Sei que me

Caso de emergência!

Já aceitei a minha condição de fã negligente. Aí me dizem “se é pra falar, Maria, fala de música!”. Como? Se eu não sei falar das músicas que gosto. Termina parecendo que tudo é sobre mim. Chatíssimo! Sei bem pouco de bem pouco, não tenho autorização pra criticar. O jeito é me meter no meio mesmo. Afinal, devo algum tipo de respeito à visão que tenho da vida...pago convertendo pra outros formatos o acervo pessoal que criei existindo timidamente há alguns anos. Tudo isso no campo das abstrações, como sempre, cada vez pior !!!! $%#@*! Nessa hora aparece, de novo, a questão do tempo. O momento adequado, o famoso senso de oportunidade. E eu não consigo acertar nunca. A tela fica dizendo que preciso ter as palavras, com urgência. Acabo desistindo delas e indo procurar abrigo em outras construções sólidas (com medo de levar alfinetadas e querer roubar, como artista, claro…). Li algumas impressões sobre os Titãs, aqueles!, nos últimos meses. E o texto de Maria Ribeiro , em especial, fez com

Uma menção à Alice e ao monstro de Frankenstein, que moram ao lado da minha cama

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Alice no país das maravilhas e Frankenstein estão na mesinha de cabeceira. São minhas leituras atuais (fora algumas outras obrigatórias). Alice era uma leitura conjunta e Frankenstein eu tinha certeza de que devoraria. Quando devo considerá-los abandonados?    Esta pode ser uma homenagem a tudo que comecei e não terminei, sem gracinhas. Porque quero reverenciar a séria decisão de não trancar a última disciplina obrigatória que preciso cursar pra me formar ainda esse ano. Decidi ontem. Talvez não dê certo. Mas, quem sabe? Na verdade, escrever me ajuda a considerar outras opções.   Demorei a lembrar o porquê de ter feito um rascunho sobre esse assunto. Era terça-feira da semana retrasada, eu estava embaixo do chuveiro e tive a sensação de que o momento em que o ímpeto de desistir seria maior que tudo tinha chegado. A sensação familiar e já esperada de querer pular fora de qualquer coisa que leve algum tempo pra ser feita (um conceito, claro, totalmente aleatório; as referências são horas